Repórter esteve em um dos locais; mais de 500 mil pessoas já venderam os dados em troca de dinheiro
Na última semana, viralizaram nas redes sociais diversos relatos de pessoas que estavam indo até locais em São Paulo para “vender a íris” em troca de uma quantia em dinheiro.
Quem está por trás da ação é a empresa Tools for Humanity (TfH). Utilizando câmeras de última geração, a TfH escaneia a íris da pessoa para criar o que chama de World ID (“documentação mundial”, em tradução livre).
A reportagem da CNN esteve em um dos 53 pontos de coleta da empresa em São Paulo, no bairro da Bela Vista, região central da capital. Numa salinha ao final de um corredor, apenas com uma televisão: é desta forma que o World ID é apresentado como uma verificação de humanidade.
Já na porta de entrada, quando questionada sobre “como funciona” o processo de venda da íris, uma atendente pediu para mostrar um vídeo que explicaria tudo sobre a ferramenta.
A sensação é de estar em um filme futurístico. Todas as atendentes possuem cabelos presos de forma impecável, roupas pretas padronizadas com símbolo da empresa e repetem falas que parecem ter sido decoradas.
No corredor, antes da sala, foram instaladas quatro máquinas da altura de uma pessoa. Uma haste liga uma esfera de metal ao chão. São estes os scanners utilizados para mapear as íris dos que se dispõem a ir ao local.
O vídeo explicativo mostra o projeto World ID. O objetivo, de acordo com a empresa, é obter um código único que não pode ser reproduzido pela inteligência artificial. “A inteligência artificial também é usada para o mal. O objetivo aqui é dar mais segurança”, afirmou um dos atendentes.
Filas para “vender a íris” viralizaram em diversos vídeos nas redes sociais nos últimos dias. De acordo com a apresentação da empresa, quem fizer a verificação de humanidade recebe cerca de 48 criptoativos. “Quanto dá isso em reais?”, questionou a reportagem da CNN. A resposta não foi exata pois, segundo os atendentes, depende da cotação do dia.
De acordo com uma simulação feita pela CNN, o valor dos criptoativos dados pela empresa equivale a cerca de R$ 500. “Você pode sacar quando quiser”, afirmou uma atendente.
Filas para “vender a íris” viralizaram em diversos vídeos nas redes sociais nos últimos dias. De acordo com a apresentação da empresa, quem fizer a verificação de humanidade recebe cerca de 48 criptoativos. “Quanto dá isso em reais?”, questionou a reportagem da CNN. A resposta não foi exata pois, segundo os atendentes, depende da cotação do dia.
De acordo com uma simulação feita pela CNN, o valor dos criptoativos dados pela empresa equivale a cerca de R$ 500. “Você pode sacar quando quiser”, afirmou uma atendente.
Gabriela Milanezi da CNN , em São Paulo